12 de janeiro de 2011

O lixão, o aterro sanitário e a recilagem


          Lixão ou lixeira é a forma inadequada de depositar resíduos sólidos, em que o lixo é depositado diretamente no solo, sem qualquer técnica ou medida de controle, com sérios impactos ao meio ambiente e à saúde humana. Dentre os impactos causados, estão a proliferação de vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ratos etc.), a geração de odores desagradáveis e a contaminação do solo e das águas pelo chorume (o líquido da decomposição da matéria orgânica, o “caldo” do lixo). Os riscos de contaminação são agravados pelo desconhecimento da origem do material descartado, podendo haver resíduos perigosos.
            No proceder com o lixo, o correto é adotar medidas para tentar reduzir os impactos ao ambiente e à saúde. Muitas vezes, antigos lixões passam por algum tratamento técnico. A opção mais aceitável e segura é o aterro sanitário.
            Aterro sanitário é a forma de disposição final de resíduos sólidos que obedece a um conjunto de normas operacionais e critérios técnicos, de modo a evitar riscos à saúde pública e ao ambiente.
Os resíduos são depositados em terrenos impermeabilizados e a seguir compactados e cobertos por uma camada de terra. Este último procedimento evita o mau cheiro, o impacto visual e a proliferação de vetores de doenças.
A depender da profundidade do aterro, é possível depositar várias camadas de lixo sobrepostas, intercaladas por camadas de terra. Deve haver dispositivos para drenagem superficial da área, captação e tratamento do chorume, além da captação, armazenamento e tratamento dos gases produzidos pela decomposição do lixo, principalmente metano e dióxido de carbono.  
Um aterro sanitário deve contar com monitoramento ambiental e geotécnico permanente, além de um plano de encerramento de suas atividades.
O encerramento ocorre quando a última camada de resíduos sólidos é aterrada. Em seguida, tem início a recuperação da área com o depósito de nova camada de solo e replantio de árvores e outros vegetais. Assim, ao invés do antigo e insalubre lixão, a cidade ganha mais uma área verde e um espaço para o lazer.
            O aterro sanitário não elimina a coleta seletiva, o controle e a entrada de resíduos sólidos e a reciclagem. Se esses procedimentos não ocorrerem, o aterro sanitário tem sua vida útil reduzida, tornando necessária a construção de outros em pouco tempo. O que seria oneroso e ocuparia muito espaço.
            Quase todos os tipos de resíduo sólido podem ser reciclados, transformados em novos produtos e comercializados: o entulho das construções (plástico, vidro, madeira e pedra) se transforma em produtos, e o rejeito em aterros; os resíduos urbanos (lixo doméstico, comercial e industrial)
constituem-se em materiais aproveitáveis, depois de separados e preparados, são transformados em plástico, metais, vidro e papel; resíduos orgânicos são matéria prima para adubos; o lixo hospitalar, após tratamento físico-químico, são transformados em óxidos, metais e sais; o lixo industrial perigoso e os rejeitos dos outros tipos de resíduos sólidos podem sofrer tratamento térmico e serem geradores de calor, energia elétrica e combustível.
            Como foi visto, a reciclagem potencializa a economia, fornecendo matéria prima para diversas indústrias, além de gerar lucro, renda e empregos.  

Recortes das etapas de um aterro sanitário 


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