28 de novembro de 2010

O aquecimento global e a radiação ultravioleta


              Atualmente, os maiores problemas ambientais do planeta Terra e, consequentemente, da humanidade são: o aquecimento global e a incidência de radiação ultravioleta – UV e suas implicações terríveis. Sobre esses dois fatores, existe muita confusão na cabeça das pessoas. São fenômenos climático-atmosféricos provocados por causas diferentes, mas, que se complementam. Então, vamos aos esclarecimentos.
O aquecimento da atmosfera do planeta é decorrente da ampliação nociva do efeito estufa.
             O efeito estufa é o aumento da temperatura nas camadas mais baixas da atmosfera como resultado do acúmulo de gases como vapor d’água, dióxido de carbono – CO2, metano – CH4, óxido de nitrogênio – N2O, clorofluorcarbonos – CFCs e ozônio – O3. Esses gases, conhecidos como gases de efeito estufa ou gases estufa, funcionam como o vidro que cobre uma estufa: permite a entrada dos raios solares e impedem a saída do calor. Este processo mantém a temperatura na superfície da Terra equilibrada e favorece a existência da vida como nós a conhecemos. Sem o efeito estufa, a temperatura média do planeta seria de – 18ºC.
            O aumento de emissões de gases de efeito estufa, retém mais energia  na atmosfera e gera uma elevação constante na temperatura (aquecimento global) capaz de causar o derretimento das calotas polares, o aumento do nível dos oceanos e a submersão de áreas costeiras.
            A camada de ozônio é a faixa da atmosfera, situada a cerca de 30km de altura, onde a radiação UV do Sol reage com as moléculas de oxigênio – O2 produzindo uma grande concentração de ozônio – O3. As moléculas de ozônio, por sua vez, são quebradas pelos raios UV, gerando O2 e oxigênio livre. Deste modo, a camada de ozônio atua como um filtro que regula a chegada de radiação UV à superfície terrestre.
A abertura de buracos nesta camada, intensificada pela emissão de gases como os CFCs, permite a passagem excessiva de raios UV, capazes de provocar mutações          nos seres vivos, causando males à saúde humana (queimaduras, câncer de pele, catarata e fragilizando o sistema imunológico) e ao ambiente (desertificações, queimadas monumentais em florestas e prados, redução das colheitas, degradação do ecossistema dos oceanos e diminuição da pesca).
            Ou nós mudamos, urgentemente, o padrão de produção industrial, energético, de transportes e principalmente de consumo, ou os problemas expostos acima irão se agravar a condições extremas e irreversíveis, provocando destruição enorme e horrores nunca vistos na história da humanidade.

Adaptação do texto: Antônio Wanderley de Melo Corrêa.
Fonte: TRIGUEIRO, André. Meio Ambiente no Século 21. São Paulo: Autores Associados, 2008. 

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